(Hoje 07/2011 Junior diz: na época, o luar clareava mais servindo de ajuda)
=Não havendo iluminação elétrica, às primeiras horas da noite orientavam-se pelos poucos fachos de luzes provindas das casinhas de janelas abertas. Nestas havia sempre uma lamparina a querosene ou velas acesas, sendo comuns as de sebo, bem baratas e geralmente fabricadas na velha Várzea. Poucos dispunham de um lampião, mais usado nos currais, quando da ordenha das vacas durante as madrugadas.=Depois das 21 horas, tudo era escuridão dentro da vila, mas os que vagavam pela noite iam e vinham - mesmo no escuro - de um baileco de sanfona ou de alguma casa de meretriz. Às vezes serviam-se de um violão e partiam para a serenata, em duas ou mais pessoas. Esse lazer foi tão comum em Várzea Grande e em Cuiabá nesses tempos passados, em noites de luar ou em plena escuridão. Aí, à janela das casas das namoradas, cantavam apaixonadas valsas e algumas vezes um rasqueado paraguaio.
=Porém, essa época foi de perigo, a quem se aventurasse às festas na vila, comum até no final dos anos 40, pois ao romper do dia seguinte era comum encontrar um corpo humano perfurado a faca ou a bala. Mas, as noites de luar em Várzea Grande eram lindas, comum ali no antigo e grande "largo da Várzea".
(Hoje 07/2011 Junior diz: largo da Várzea é onde hoje esta o Ginásio Fiotão)
=Assim, com a chegada da energia em 1945, três anos depois Várzea Grande era município e o progresso foi substituindo as serenatas pelas casas noturnas. As luzes da lamparina e da vela de sebo desapareceram e as noites escuras também, mas o luar dos velhos tempos apagou-se diante da eletricidade, e a poesia de outrora, morreu.Livro Confrontos - Ubaldo Monteiro - Pag.59
em digitação.........
Nenhum comentário:
Postar um comentário