Bairro Manga
"Antigo Capão do Negro"
Quando se descobriram as terras de Mato Grosso, em Várzea Grande não existiam moradores.
Em Cuiabá, porém, viviam os escravos durante a colonização e nos dois impérios - Dom Pedro I e Dom Pedro II - Além dos anos de Dom João VI no poder.
Nessa época os escravos de Cuiabá, sempre que podiam, fugiam de seus domínios, atravessavam o rio e iam se esconder nas matas fechadas de um grande capão, em terras de Várzea Grande.
Como nesses tempos eram poucos os recursos para a prisão de escravos, os negros se escondiam ali, vivendo como podiam.
O major João Vieira Azevedo, falecido em 1912, foi o primeiro proprietário das terras do atual Cristo Rei e foi casado com Dona Escolástica da C, Ribeiro e Azevedo, falecida em 1933, ficando viúva do major.
O lugar era ermo e muitos tinham medo de transitar por essas bandas.
Daí, quando se referiam ao capão, chamavam-no de Capão do Negro.
Assim ficou até a liberdade dos escravos, quando da Proclamação da Republica.
Nesses anos, essas terras já pertenciam ao Major João Vieira de Azevedo, como proprietário das mesmas, onde não existia nada a não ser a tortuosa estrada boiadeira que demandava a Nossa Senhora do Livramento.
Essa grande área, com cerca de uma légua quadrada, passou todo o século 19(anos 1800) inexplorada, pois a sede dela era a Chácara São João.
Um casarão vizinho (hoje 07/2011) à Rua Maria Metelo, onde João Vieira fazia a festa de São João todos os anos, era a sede da chácara.
Em volta desse casarão foram construídos dois grandes galpões abertos, nos quais acomodavam alguns de seus escravos, passageiros e cargas que chegavam, não raro de Nossa Senhora do Livramento. Aí os viajantes armavam suas redes e pernoitavam, tratando de seus negócios até regressarem. Os que vinham com carroças, soltavam os animais nos cercado de arame qua a chácara possuía com divisões.
De volta às suas origens, tudo estava em ordem, pois nesses tempos não existiam ladrões e a população era pequena, pobre mas com fartura de tudo para se alimentar.
A Chácara São João tinha seus escravos, até 1939. São lembrados os nomes de Querobina e de João, seu marido, que foram criação da casa.
Os antigos escravos da chácara foram: Elisa, Catarina, Nho Du, Ubirajara, Chico Bugre, Trunqué, Serzedelo e outros. Um deles, o Ubirajara, ganhou liberdade já em poder de Belinho filho de Dona Escolástica(Nhá Corá).
Até aqui pesquisa e publicação do Históriador Ubaldo Monteiro
Respeito e Consideração deste Blog
Um casarão vizinho (hoje 07/2011) à Rua Maria Metelo, onde João Vieira fazia a festa de São João todos os anos, era a sede da chácara.
Em volta desse casarão foram construídos dois grandes galpões abertos, nos quais acomodavam alguns de seus escravos, passageiros e cargas que chegavam, não raro de Nossa Senhora do Livramento. Aí os viajantes armavam suas redes e pernoitavam, tratando de seus negócios até regressarem. Os que vinham com carroças, soltavam os animais nos cercado de arame qua a chácara possuía com divisões.
De volta às suas origens, tudo estava em ordem, pois nesses tempos não existiam ladrões e a população era pequena, pobre mas com fartura de tudo para se alimentar.
A Chácara São João tinha seus escravos, até 1939. São lembrados os nomes de Querobina e de João, seu marido, que foram criação da casa.
Os antigos escravos da chácara foram: Elisa, Catarina, Nho Du, Ubirajara, Chico Bugre, Trunqué, Serzedelo e outros. Um deles, o Ubirajara, ganhou liberdade já em poder de Belinho filho de Dona Escolástica(Nhá Corá).
Até aqui pesquisa e publicação do Históriador Ubaldo Monteiro
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Casa Antiga no Bairro Manga |
Esta casa possue duas peças que, percorrendo a cidade localizamos, várias ainda. Então deduzimos este, ser o padrão popular de épocas passadas. A peça da frente, seria usada para armar as redes de dormir e também para ficar os banquinhos de sentar (mochos) e a peça do fundo seria o tacuru e a tuia de guardar mantimentos. Lembrando também do varal para carne e peixe secos (salgados).
Esta parte, pesquisa feita pelo autor deste blog Antonio Correa Dias Junior (primo pobre).
em digitação...
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Programa Brasil Quilombola
Até 2002, o governo federal havia identificado a existência de 743 quilombos. Atualmente, em decorrência da iniciativa dessa população para o seu auto-reconhecimento, do fomento à ampliação e qualificação dos serviços disponíveis e da criação do Programa Brasil Quilombola(PBQ), que deu visibilidade a essa política, o número registrado ampliou para 3.224 comunidades em todo território nacional.
As comunidades quilombolas são definidas como "grupos étnico-reciais com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada à resistência à opressão histórica". Deve-se considerar que o direito a terra é um dos principais anseios de homens e mulheres quilombolas e está previsto no Art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988.
A denominação comunidade remanascente de quilombo consta dos documentos oficiais desde 1988. Novas denominações foram dadas, recentemente, pela sociedade civil e por governos, sendo estas:
1 - Quilombo
2 - Comunidades de quilombos
3 - Comunidades de quilombolas (este quando referem-se às pessoas que vivem nos quilombos), devido a uma perspectiva de valorização do processo de organização dos quilombolas.
Para compreender a importância dessa adequação é interessante conhecer a formulação da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), que em 1994 divulgou um documento elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre Comunidades Negras Rurais, no qual explica que a denominação não se refere a "resíduos ou resquícios arqueológicos de ocupação temporal ou de comprovação biológica". E que não se tratam, também, de "grupos totalmente isolados ou de uma população estritamente homogênia". A ABA esclarece ainda que nem sempre os quilombos foram "constituídos a partir de movimentos insurrecionais ou rebelados, mas sobretudo consistem em grupos que desenvolveram práticas de resistência na manutenção e reprodução de seus modos de vida característicos num determinado lugar.
Dados da Secretaria Especial de Politicas de Promoção da Igualdade Racial.
Relatório de Gestão 2003 - 2006
Pag. 36
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Bairro Manga antiga Comunidade de Capão do Negro Cristo Rei
O Presidente da Fundação Cultural Palmares, reconhece a Comunidade de Capão do Negro Cristo Rei, localizada no município de Várzea Grande-MT, como remanescentes de Quilombo.
AQUELA CASINHA QUE VOCÊ REFERIU Á CASA DE XÔ PEDRO, CONHECI TODAS AS PESSOAS QUE MORARAM NESSA CASA, MUITOS JÁ FALECIDOS, XÔ PEDRO, BETINHO, BENTO...ETC. MINHA VÓ MORAVA NA CASA DA ESQUINA AO LADO. NESSO LUGAR VIVI PARTE DA MINHA INFÂNCIA, RELEMBRO QUE EM BAIXO DO PÉ DE SERINGUELA REUNIA UM BANDO DE CRIANÇAS PRA CONTAR HISTÓRIAS, PIADAS E COMO DE COSTUME FALAR BESTEIRA.
ResponderExcluirpor acaso fui pesquisar sobre esta localidade-hoje bairro da manga mas outrora CAPAO DO NEGRO.Eis que para minha surpresa encontrei materias importantes sobre CAPAO DO NEGRO local onde nasci onde existem pessoas simples , humildes mas batalhadoras. Quero parabenizar ao meu amigo XUMXUM, que tambem nasceu e cresceu aquie nao esconde suas origens assim da minha maneira. Capao do negro hoje com varias denominaçoes; Bairro da Manga(reduto principal e antigo Capao do negro)Bairro CRISTO REI -denominaçao esta dada pelos padres, que fundaram o SEMINARIO CRISTO REI.-Morro vermelho- onde hoje estao as lojas de veiculos FIAT , CHEVROLET- DOMANI e o Bairro CONSTRUMAT-Nome tirado pela existencia da sede de uma antiga construtora que ali se estabelecia, naquela epoca
ResponderExcluirTeria que falar um pouco sobre Manoel Gomes que fundou a primeira escola da manga e foi o primeiro professor em sua casa às margens da feb
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